COMO O DIGILABOUR CONTINUA APÓS A SAÍDA DA UNISINOS?
Tudo como antes. Ou quase. O DigiLabour agora está vinculado à Universidade de Toronto e continua com seu compromisso de produção e circulação de conteúdo sobre trabalho e tecnologia tendo por bases a internacionalização, o impacto social e a comunicação da ciência. Você continuará lendo entrevistas, assistindo a eventos e vídeos e recebendo sua newsletter.
Você notará que, aos poucos, o site do DigiLabour ficará cada vez mais bilingue português-inglês. Continuaremos focados em produção e circulação de conteúdo no Brasil – inclusive pesquisas – e também expandiremos os horizontes como um hub de referência global no assunto. As primeiras parcerias são com o Critical Digital Methods Institute e o McLuhan Centre for Culture and Technology. Vem novidades por aí!
E o DigiLabour continua com pesquisas sobre fazendas de cliques, trabalho decente na economia de plataformas e cooperativismo de plataforma, com ênfase no contexto brasileiro.
DIGILABOUR NO CENTRO MCLUHAN
Rafael Grohmann, coordenador do DigiLabour e professor de estudos críticos de plataformas e dados da Universidade de Toronto, coordenará um grupo de trabalho no famoso McLuhan Centre for Culture & Technology. A programação do ano letivo 2022/2023, com tema Our Selfies, Our Selves, contará com artistas residentes, pesquisadores convidados, grupos de trabalho e os conhecidos Seminários de Segunda à Noite.
O grupo coordenado por Grohmann dedica-se ao estudo de identidades e coletividades de trabalhadores por plataformas ao redor do mundo e a equipe é composta por docentes e discentes como Julie Chen, Nicole Cohen, Alessandro Delfanti, Youngrong Lee, Christine H. Tran, Asmita Bhutani Vij, James Steinhoff, Greig de Peuter, Hannah Johnston e Brendan Smith.
QUER FAZER MESTRADO OU DOUTORADO EM TORONTO?
Na pós-graduação, estamos alocados na Faculty of Information (iSchool) da Universidade de Toronto, onde também estão outros pesquisadores de referência no tema, como David Nieborg, Julie Chen, Alessandro Delfanti, Nicole Cohen, Sarah Sharma e SA Smythe. Outros nomes que podem te interessar são Jasmine Rault, T.L. Cowan , Beth Coleman, Tero Karppi e Brett Caraway.
Os processos seletivos para cursar mestrado e doutorado, com início em setembro de 2023, começam em breve. No site da universidade, você pode encontrar todas as informações (documentos necessários para inscrição, como funciona o processo, bolsas) para quem quiser cursar mestrado e doutorado. Em caso de dúvidas, a recomendação é procurar o coordenador do curso. No caso do mestrado, é Colin Furness, e do doutorado, Nicole Cohen.
NOVO PROJETO – PLATFORM WORK INCLUSION LIVING LAB
O DigiLabour faz parte de um novo projeto financiado pela União Europeia (COST Action) chamado Platform Work Inclusion Living Lab, que começou neste mês de setembro com duração de quatro anos. Com pesquisadores de 31 países, a coordenação da pesquisa é de Mayo Fuster, da Universidade Aberta da Catalunha (UOC) e conta com nomes como Ursula Huws, Sasha Costanza-Chock, Antonio Casilli, Mark Graham, Trebor Scholz, Kylie Jarrett, Arturo Arriagada e Rafael Grohmann – que é o diretor de internacionalização do projeto.
O principal objetivo da pesquisa é construir uma rede multissetorial e inter-transdisciplinar para fomentar o surgimento de cenários alternativos no âmbito do trabalho por plataformas. O projeto pensa a economia de plataformas a partir da perspectiva interseccional de gênero e a inclusão por meio do aumento do bem-estar, da justiça econômica e dos direitos para os coletivos excluídos, em linha com os objetivos de desenvolvimento sustentável. Entre os objetivos, estão o debate e a co-construção de políticas públicas para o trabalho por plataformas e o fomento a modelos alternativos de design de plataformas.
Os grupos de trabalho são “Perspectiva holística e inclusiva sobre trabalho por plataformas”, “Modelos organizacionais e de trabalho por plataformas”, “Modelos de tecnologias digitais e dados”, “Estratégias de mobilização, regulação e políticas públicas” e “Resultados interdisciplinares e avaliação de impacto”. O projeto na íntegra pode ser lido no site.
Em breve, serão anunciadas as primeiras atividades do projeto.
NOVO PROJETO – INDÚSTRIA DA DESINFORMAÇÃO NO SUL GLOBAL
Outro novo projeto DigiLabour é sobre indústria da desinformação no Sul Global. Coordenado por Jonathan Corpus Ong, a pesquisa Global Democracy Frontliners: Transnational Research Coalition for Tech Accountability and Democratic Innovations Centering Communities in the Margins será financiada por Luminate e abordará pesquisas sobre desinformação especialmente nas Filipinas e no Brasil. A equipe brasileira conta com os pesquisadores Rafael Grohmann (Universidade de Toronto), Raquel Recuero (UFPel/ UFRGS), Marcelo Alves (PUC-RJ) e Camilla Tavares (UFMA).
Ong e Grohmann estão editando dossiê sobre indústria da informação e fazendas de cliques para a revista Social Media + Society e esta pesquisa é mais um passo para articulação do tema da desinformação com o mundo do trabalho, como Jonathan Ong explicou no texto Trabalhadores e Combate à Desinformação.
Em breve, o DigiLabour iniciará a publicação de uma série de textos dos pesquisadores do projeto – em português e inglês – com suas perspectivas investigativas em relação à desinformação.
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES DIGILABOUR
Entrevista de Rafael Grohmann ao Data & Society sobre fazendas de cliques. Os bots humanos que alimentam as plataformas parasitas.
Évilin Matos publica artigo na revista Mídia & Cotidiano sobre mulheres estagiárias no jornalismo a partir de perspectiva interseccional em dossiê sobre comunicação, mídia e interseccionalidade.
A TV Boitempo está com programação especial sobre Brasil em disputa, especialmente no contexto eleitoral. Um dos episódios é sobre plataformização do trabalho, com Rafael Grohmann