Início » Socialismo de plataforma: entrevista com James Muldoon Interviews Socialismo de plataforma: entrevista com James Muldoon Reimaginar como as plataformas digitais podem ser governadas, recuperar nosso futuro digital das mãos das Big Tech, reinventar a internet. Como procurar maneiras alternativas de organizar a propriedade e a governança das plataformas? É possível construir um socialismo de plataforma? Estas são algumas perguntas do livro Platform Socialism, de James Muldoon. Muldoon é professor de ciência política na Universidade de Exeter e coordenador de pesquisa digital no think tank Autonomy. Nesta entrevista ao DigiLabour, James Muldoon fala sobre imaginação social, prototipagem, resistências epistêmicas, tentativas de “washing”, infraestruturas, socialismo de guildas para a economia digital e plataformas cívicas. DIGILABOUR: É muito difícil imaginar futuros radicais alternativos para questões como trabalho e tecnologia. Qual é o papel da imaginação e do imaginário para construir um outro tipo de sociedade? JAMES MULDOON: O socialismo de plataforma é sobre reinventar a internet e reimaginar como as plataformas digitais podem ser governadas. Trata-se de encontrar maneiras alternativas de organizar a propriedade e a governança das plataformas, e também pensar na infraestrutura e nas organizações mais amplas em jogo. Um dos conceitos-chave do livro é a ideia de um imaginário social. Eu queria voltar a certos aspectos da tradição do socialismo utópico para projetar novas instituições e pensar em novos princípios para quebrar o determinismo tecnológico que as Big Tech exerce sobre nossa imaginação social. Muitas das propostas de reforma que receberam atenção geral estavam relacionadas a como poderíamos consertar as grandes plataformas de várias maneiras por meio de pequenas mudanças regulatórias. Mas muito poucas das propostas estavam tentando expandir nossa imaginação coletiva em termos de quais estruturas de propriedade e governança poderiam ser possíveis. Eu queria me basear na história da tecnologia para encontrar maneiras de fazê-los falar com nossos próprios tempos de uma nova maneira. A principal motivação por trás do livro Socialismo de Plataforma era encontrar uma visão empolgante de como poderíamos fazer melhor uso da tecnologia. Eu não queria que fosse apenas uma crítica às plataformas e uma lista de todas as coisas que estavam erradas. Eu queria realmente tentar dar uma noção do que seria melhor, para que não tivéssemos esse tipo de atitude cínica de que as coisas sempre seriam terríveis. Eu queria tentar contribuir com esses projetos, protótipos e vozes que vislumbram novas maneiras de usar a tecnologia. Achei fascinante que todas essas visões transformadoras de como a tecnologia operará no futuro – acho que as maiores no momento são web3, blockchain e metaverso – todas elas estão realmente relacionadas apenas a como o capital pode continuar agindo em grande parte do tempo, da mesma forma que antes, mas com um visual ligeiramente diferente. Eu queria pensar em como poderíamos ter uma visão alternativa a isso. Se você olhar para projetos de esquerda mais bem-sucedidos, partidos políticos que chegaram ao poder, reformas visionárias ousadas que aconteceram, isso sempre foi feito com base em uma visão inspiradora do futuro. Acho que perdemos um pouco isso na esquerda. Não estamos divulgando nossas próprias visões de como as coisas serão, estamos sempre com o pé atrás. Falo de utopia no sentido de um quadro institucional alternativo. Não no sentido de construir “novas pessoas”, ou definir minuto a minuto cada aspecto de uma nova organização, mas realmente apenas estabelecer uma nova maneira de pensar sobre as coisas para tentar romper com algumas das práticas e princípios das grandes empresas de tecnologia. DIGILABOUR: Qual é o papel da prototipação na construção do socialismo de plataforma? MULDOON: Juntamente com a ideia de imaginação e a noção de experimentação, o conceito de protótipo é realmente importante porque denota a ideia de que não haverá um único modelo alternativo completo que nos apareça como um projeto. Por exemplo, o Projeto Cybersyn – que foi uma breve tentativa durante a década de 1970 no Chile de criar uma organização democrática da economia por meio de aparelhos de fax conectados a uma versão inicial da internet, que transmitiria dados das fábricas para um controlador central no sentindo de compreender como funcionava a economia e como poderia ser colocada sob controle democrático. Quando voltei a essa ideia no livro, disse que o importante desse e de outros projetos é que se inicia o processo de experimentação com modelos alternativos de organização. A gente não acerta tudo de primeira. Se começássemos a experimentar um Cybersyn 2.0, não precisaríamos ter todos os detalhes meticulosamente planejados de antemão, porque muitos problemas que poderiam ocorrer só seriam possíveis de serem resolvidos na prática. Então, acho que construir esses protótipos e começar a experimentá-los – que é uma grande parte da cultura da tecnologia – seria a melhor maneira de desenvolvê-los. A prototipagem também é importante por outro motivo. Alternativas de trabalho em pequena escala podem ser exemplos poderosos de outras maneiras pelas quais podemos organizar a economia digital. Isso pode ameaçar o poder das empresas de tecnologia porque um dos principais argumentos deles é que seus produtos são a única maneira pela qual a tecnologia pode ser organizada. A Uber alega que você não pode ter flexibilidade sem reduzir os direitos trabalhistas e isso não é verdade. Podemos usar a tecnologia de diferentes maneiras – a tecnologia pode ser reapropriada. É sempre parte de um sistema político e cultural mais amplo, e a maneira como é implantada é contingente. Portanto, ter esses protótipos alternativos é realmente assustador e perigoso para o Vale do Silício, porque nos mostra que existem outras maneiras de organizar nossas vidas digitais. DIGILABOUR: No livro, você argumenta sobre a necessidade de articulação entre uma resistência epistêmica e uma resistência de trabalhadores. O que isso significa? MULDOON: Para avançar em direção a esses futuros alternativos, precisamos começar a encontrar novas maneiras de resistir ao poder das grandes empresas de tecnologia. No livro, falo sobre a importância da resistência epistêmica. Como primeiro passo, acho que precisamos criar novas estruturas intelectuais para discutir tecnologia e encontrar termos e conceitos que não estejam enredados na mesma lógica e nos mesmos princípios do Vale do Silício. Acho que é muito difícil rompermos com isso, e que mesmo as críticas mais proeminentes à tecnologia geralmente vêm de pessoas da indústria, o que geralmente significa que elas ainda seguem o mesmo tipo de lógica e usam o mesmo tipo de linguagem que o das empresas que estão criticando. Então, acho que a resistência epistêmica envolve retornar às formas mais antigas de falar sobre tecnologia e também repensar a visão de mundo subjacente às Big Tech. Uma das coisas que o Vale do Silício adora fazer é reinventar coisas que já existem e dar um novo nome a elas. Mas às vezes esses novos quadros de referência são apenas enganosos. Essa conversa sobre liberdade e flexibilidade na economia de plataformas, é realmente uma maneira honesta de descrever o que está acontecendo? Está realmente claro que as pessoas são genuinamente empoderadas e mais livres? Acho que há ampla evidência apontando para a conclusão oposta. Mas, obviamente, não é apenas uma questão de mudar a forma como pensamos sobre as coisas, precisamos construir um poder real no mundo entre grupos de trabalhadores e organizações da sociedade civil. Isso envolve a sindicalização dos trabalhadores, envolve a coordenação com partidos políticos, com grupos ativistas, com desenvolvedores e trabalhadores e também com comunidades marginalizadas que muitas vezes são mais atingidas por alguns dos aspectos negativos de como essa tecnologia é implantada. A resistência é importante tanto na forma como pensamos quanto na forma como agimos e nos organizamos. DIGILABOUR: Nós temos visto um alto risco de washing – inclusive fair washing – por parte das plataformas, que tentam cooptar discursos por meio de estratégias de relações públicas e lobby. Como enfrentar essas ações das plataformas? MULDOON: Há uma sobreposição interessante entre algumas das minhas pesquisas sobre a ideia de comunidade no discurso tecnológico e o trabalho que vocês tem feito no projeto Fairwork. No livro, falo sobre a ideia de “community washing” como uma estratégia de marketing e relações públicas que algumas das empresas de tecnologia empregam para fazer com que seus negócios sejam pouco mais do que organizações comunitárias tentando perseguir uma missão social. Acho que essa linguagem da comunidade é implantada de maneira muito cínica e estratégica para ajudar a encobrir a natureza extrativista de seu modelo de negócios. Isso ajuda a promover a ideia de que, como membros da comunidade, eles estão fazendo o melhor que podem para resolver os problemas. Também os posiciona no papel de líderes comunitários. Para que, se houver problemas ou problemas que as pessoas tenham, podemos ter certeza de que os “líderes comunitários” estarão lá para tentar resolvê-los. Acho que essa linguagem vem, ou é adotada, de certos aspectos da organização comunitária. Na campanha de Obama, em 2008, você viu parte dessa linguagem ligada à organização comunitária se dispersar mais amplamente no mundo da mudança social e do impacto social. A partir daí, passa por Airbnb e algumas outras organizações, e é disseminado pelo mundo da tecnologia. E, claro, o governo Obama tinha um relacionamento muito acolhedor com muitos dos executivos de tecnologia. As empresas de tecnologia estavam contratando muitos ex-funcionários de Obama, então há um grande cruzamento aí. Hoje, você vê tudo acontecendo novamente. Quando olhamos para a web3 e alguns de seus grandes defensores do capital de risco, essa linguagem de “propriedade da comunidade” e comunidades que retêm valor de suas atividades, tudo está voltando. É irônico agora que no discurso da web3, “a comunidade” esteja posicionada em oposição às grandes plataformas como Facebook e Google. Eles agora são os bandidos e os novos capitalistas de risco são os bons que estão do lado da comunidade. Então, acho que você vê essa linguagem de comunidade voltando, mas apenas reconfigurada para servir ao capital de uma maneira um pouco diferente. É realmente interessante para mim pensar sobre o trabalho do Fairwork, porque assim que você estabelecer esse tipo de sistema de pontuação, o risco é que seja outra maneira de as pessoas se envolverem em um exercício de irem ticando as caixinhas. Mas acho que há obviamente maneiras de evitar isso. Eu tenho visto o trabalho do Fairwork e eles têm critérios muito robustos em que as empresas mais exploradoras sempre ganham pontuações muito baixas, e acho muito difícil para elas contornarem isso. Mas há sobreposições em relação à maneira como as corporações estão sempre tentando se posicionar para apresentar ao público, assim como um discurso de ética e voltado para a comunidade. DIGILABOUR: E talvez estejamos em um loop infinito de cooptação desses discursos, Web 2.0, agora Web3. Mas, em termos de alternativas, qual é sua visão sobre as infraestruturas das quais dependemos, desde data centers até cabos submarinos? E quais são os desafios de construir outras infraestruturas, incluindo infraestruturas públicas? MULDOON: Quando termos como capitalismo de plataforma começaram a ganhar popularidade, um dos erros que cometemos foi focar muito no conceito de dados. Ao falar principalmente sobre dados, muitas vezes parecia que era toda uma informação imaterial flutuando no ciberespaço. Há um tempo atrás, você costumava ouvir as pessoas falando sobre uma economia digital como algo que estava em oposição à economia “real” e que era de alguma forma menos legítima. Mas acho que o que vimos nos últimos anos é um reconhecimento muito maior de que a internet não está nas nuvens. Ela é transferida por meio de cabos submarinos e armazenada em data centers. Mas também estamos vendo uma virada das empresas de tecnologia para um maior investimento em infraestrutura. Um dos pontos de venda das primeiras empresas de tecnologia era que elas eram plataformas enxutas (lean) que terceirizavam tudo: não possuímos nenhuma casa, não possuímos nenhum carro, não empregamos nenhum trabalhador, é tudo apenas software, e nós podemos criar bilhões de dólares em valor apenas por nos estabelecermos como intermediários. Mas agora o que você está vendo são algumas das grandes empresas investindo muito mais pesadamente em data centers e várias formas de ativos. Essa infraestrutura é absolutamente crucial se quisermos assumir o controle das maneiras pelas quais essas plataformas organizam nossas vidas. Tem que começar a partir de baixo. Temos que pensar em maneiras pelas quais podemos ter formas de propeidade públicas e baseadas em bens comuns de infraestruturas digitais. Algumas das infraestruturas de que você precisa são tão caras para gerir que você não pode tê-las e operá-las por uma cooperativa local de trabalhadores. Precisamos pensar em como as infraestruturas públicas podem apoiar economias baseadas em bens comuns. Poderíamos ter centros municipais nos quais as cooperativas locais pudessem usar o espaço dos escritórios e ter seus próprios serviços digitais lá. Estes poderiam ser financiados pelo governo para desenvolver novas formas de coordenação entre o público e as cooperativas de trabalhadores e outras alternativas baseadas em bens comuns. E acho que você está absolutamente certo de que isso tem que acontecer não apenas no nível do software, mas também no nível de hardware e infraestrutura. DIGILABOUR: O que significa um socialismo de guilda para a economia digital? MULDOON: Um dos capítulos do livro é chamado de socialismo de guilda para a economia digital. É uma maneira de tentar reviver o interesse por uma tradição socialista pluralista de escritores como G. D. H. Cole e pensar em como podemos usar algumas de suas ideias e propostas para repensar a economia digital hoje. Assim, o socialismo de guilda era uma tradição dentro do socialismo britânico no início do século XX e um de seus escritores mais famosos foi G. D. H. Cole. Os socialistas da guilda são críticos de uma abordagem excessivamente centralizada de como o socialismo pode ser praticado. Cole achava que precisávamos de formas de democracia no local de trabalho e tomada de decisão local para criar uma sociedade mais participativa. No Reino Unido, a abordagem dominante para pensar sobre essas questões foi apresentada pela sociedade fabiana. Esta foi uma organização que ajudou a fundar o Partido Trabalhista Britânico no início do século XX, e eles foram criticados por Cole por ter uma abordagem excessivamente burocrática e de cima para baixo para a socialização. O que Cole realmente queria mostrar era que era possível reduzir o papel do Estado, e enfatizar realmente a possibilidade de associações regionais e locais na organização da vida social. Ele pensou em como cooperativas de produtores locais e cooperativas de consumidores poderiam começar a assumir um papel de liderança na gestão da produção econômica. Algumas pessoas veem o socialismo das guildas como uma defesa do autogoverno dos trabalhadores na indústria. Em grande parte. Mas, na verdade, é um programa muito mais amplo no sentido de expandir o princípio da democracia muito mais para a sociedade, para que você não eleja apenas seu membro do parlamento – em cada organização da qual você faz parte, você deve ter uma opinião sobre como ela opera. Isso diz respeito às organizações mais importantes, como empresas, universidades, instituições culturais e todas essas associações que desempenham um papel realmente fundamental na organização do nosso cotidiano. A visão socialista da guilda era de várias associações sobrepostas que eram internamente democráticas, desempenhando um papel importante na organização tanto da economia quanto da sociedade em geral. É realmente sobre como imaginar uma sociedade democrática muito mais participativa. Essa visão socialista de guilda é superada por uma visão muito mais centralizada do Partido Trabalhista Britânico e da Esquerda Britânica de forma mais ampla. Nós realmente não ouvimos muito sobre isso, mas você vê um ressurgimento dessa forma muito mais descentralizada e federalista de pensar sobre a política democrática. Hoje você vê isso com o movimento Corbyn, você vê isso em organizações como Momentum e algumas outras partes da esquerda britânica hoje. DIGILABOUR: Eu achei muito interessante o modo como você pontua o cooperativismo de plataforma como uma alternativa, mas indo além disso rumo a plataformas cívicas, e a um contexto mais amplo. O que isso significa? MULDOON: O cooperativismo de plataforma é um programa realmente fascinante que nos leva até pessoas como Trebor Scholz e outros no início e meados da década de 2010 como uma forma de recriar algumas das estruturas e ideias do movimento cooperativo de trabalhadores na economia digital. Este é um ponto em que acho que o socialismo de guildas pode ser realmente relevante para pensar sobre a economia digital hoje, porque uma das ideias de Cole era que as cooperativas de trabalhadores por si só não são suficientes. Você precisa pensar em maneiras de dar escala a elas. E também, envolvendo não apenas grupos de trabalhadores, mas também diversas instituições públicas e municipais. Então, acho que se você estivesse pensando em uma estrutura socialista de guilda hoje, você olharia para a função que as diferentes plataformas desempenham e, com base nisso, pensaria em qual escala seria melhor operá-las. Para algumas plataformas, elas podem funcionar em um nível muito local, você pode pensar em serviços locais de limpeza, serviços de entrega, coisas que funcionariam bem sem muita infraestrutura e que você pudesse organizar democraticamente em uma escala muito pequena. Mas, como discutimos, existem tantos exemplos de plataformas digitais que seria muito difíceis para uma simples plataforma cooperativa possuir e operar projetos que exigem grande investimento de capital, e também aqueles que deveriam, por razões democráticas e políticas, ser operados por um público muito mais amplo. Não queremos, por exemplo, que o Google ou o Facebook sejam administrados como uma cooperativa de plataforma porque isso só daria poder de decisão a um pequeno grupo de trabalhadores dentro dessa cooperativa. Um dos pontos interessantes do socialismo de guilda é que ele tenta encontrar maneiras de equilibrar os interesses dos trabalhadores com os interesses do público em geral. Não queremos poder de decisão política ligado apenas ao seu papel como trabalhador em tempo integral, porque o que acontece com aqueles que não trabalham, por vários motivos? E aqueles que são voluntários que estão realizando trabalhos de assistência, que estão fazendo várias formas de trabalho não remunerado? E é muito perigoso atribuir tanto poder, especificamente aos locais de trabalho, sem um senso de estruturas democráticas mais amplas para pensar em como elas podem operar em um nível social mais amplo. É por isso que quando você olha para trás nas discussões sobre propriedade social, principalmente aquelas quando era um problema muito real e imediato, como no período de 1917 a 1921, você pode ver muitas propostas que envolvem essas estruturas federais mais amplas nas quais existem agências de coordenação entre diferentes grupos. Acho que nessa perspectiva, o que é realmente fascinante no cooperativismo de plataforma são os lugares em que os defensores do cooperativismo de plataforma começam a discutir essas parcerias e formas de articulação com os governos municipais e regionais. Acho muito interessante quando você começa a pensar em várias formas de plataformas cívicas. Um exemplo mencionado no meu livro é o projeto DECODE que foi executado em Barcelona e Amsterdã, por volta de 2017 a 2019. E você pode ver aqui que existe esse desejo de democratizar como essa tecnologia opera, não simplesmente permitir que outro tipo de capitalista de risco a controle , mas pensar em como vários grupos cívicos podem estar envolvidas na governança e controle da tecnologia. Acho que o cooperativismo de plataforma é um ótimo ponto de partida para muitas dessas discussões, e que tem princípios e exemplos realmente maravilhosos e interessantes, mas que precisa ser incorporado a uma estrutura mais ampla. DIGILABOUR: Muito obrigado pela entrevista, James. Você tem considerações finais, talvez sobre suas próximas pesquisas? MULDOON: Vou fazer um convite para um think tank para o qual trabalho porque acho que fazemos um trabalho incrível lá. Chama-se Autonomy. Eu trabalho lá, além de ser professor na Universidade de Exeter. Eu trabalho lá na unidade de pesquisa digital. Publicamos alguns trabalhos sobre cooperativas de plataforma, e também publicamos outros trabalhos de políticas para a economia digital. Estamos trabalhando em um projeto de pesquisa sobre microtrabalho no momento. Então, teremos um estudo divulgado em breve. Eu acho que vocês deveriam dar uma olhada no trabalho do Autonomy, que está fazendo coisas realmente ótimas. DigiLabour Compartilhar Artigo AnteriorEconomia política da indústria de IA: entrevista com James Steinhoff Próximo ArtigoBitcoin e finança digitalizada: entrevista com Edemilson Paraná 17 de janeiro de 2022