Évilin Matos Campos
Estagiar é como caminhar em uma corda bamba. O cabo é representado por todas as ações de autocriação e cocriação que as/os estudantes precisam acessar para concluir a travessia. Isso porque o ecossistema do mundo do trabalho em contexto neoliberal exige que a/o trabalhador/a bem-sucedido tenha pessoas que falem bem dela/e, como bem colocam Luc Boltanski e Ève Chiapello. Para a classe-que-vive-do-trabalho – termo cunhado por Ricardo Antunes – esse capital é construído diretamente no ambiente laboral. É durante a prática que as/os estagiárias/os são avaliadas/os, vigiadas/os e sua performance naquelas horas pagas de trabalho possibilita uma indicação ou mesmo efetivação.
Por conta da relevância que o estágio assume para o percurso profissional independentemente da área, as/os estudantes já deram alguns passos nessa corda bamba quando entendem como ela realmente funciona nas articulações neoliberais. Em geral, as/os alunas/os ingressam nessa caminhada com o mínimo de perspectiva sobre como o mundo do trabalho funciona. Não desejo reduzir a complexidade do assunto mas, por ora, resumo que, antes de embarcar nessa jornada, é válido ter como perspectiva que, no atual contexto capitalista, as informações que a/o trabalhador/a tem acesso e a partir de quais agentes esse conjunto de informações é acessado representa vantagens no contexto neoliberal, aspectos também esmiuçados por Boltanski e Chiapello. Em outras palavras, as empresas que as/os estudantes têm no currículo, as habilidades que podem desenvolver e os temas dos quais tiveram acesso colocam-na/o em maior ou menor grau de competitividade.
Assim, a maneira encontrada pelas entrevistas da pesquisa “Estagiárias em jornalismo no Rio Grande do Sul: mundo do trabalho, interseccionalidade e neoliberalismo” para se manterem competitivas neste mercado de trabalho volátil e imprevisível é a constante atualização de suas habilidades em direção às necessidades imediatas dos empregadores. Tais competências são informadas pelos estágios e em momentos de benchmark com as/os colegas de aula e do trabalho. Sabendo do que o mercado da comunicação espera delas, correm atrás de experiências que comprovem tais habilidades (estágios, cursos, monitorias, voluntariados). Mas há pouco espaço para elas desenvolverem as competências que querem, pois precisam estruturar um portfólio que vá além de apresentá-las, mas também as venda.
“Não se forma jornalista sem prática”
Não são recentes as discussões sobre o papel da universidade na formação dos/as jornalistas e cada vez mais pesquisadoras/es têm vislumbrado que a experiência é híbrida. Dentre elas/es, posso citar os trabalhos de Michelle Roxo (2011), Márcia Veiga (2015), Fábio Pereira et al. (2014; 2015); Rafael Grohmann e Michelle Roxo (2014) e Mark Deuze e Tamara Witschge (2020). Assim, nem a educação universitária, nem o estágio por si só seriam capazes de garantir a composição da/o jornalista. No entanto, as entrevistadas do estudo mencionado no tópico anterior compartilham a visão de que a prática fornece ferramentas imprescindíveis para a execução do trabalho jornalístico.
Na tradição do campo, se naturalizou a perspectiva de que as redações jornalísticas são como verdadeiras escolas, uma vez que em um movimento triplo fornecem material (manuais de redação), laboratórios experimentais (prática do estágio) e contato imersivo com a cultura jornalística (trabalho com outros profissionais e rotinas). No entanto, a experiência que as entrevistadas evocam não tem local pré-definido. Ela só precisa acontecer de alguma maneira e, principalmente, ser condizente com a realidade de pressão por eficiência a qual as/os jornalistas são submetidas/os.
“Eu acho que o jornalismo é prática, não se forma jornalista sem prática […] Primeiro que a vivência em faculdade é importante, mas também a prática de apurar as coisas e de quebrar a cara é importante. Se a pessoa ganha um canudo, é só um canudo. Ela não é jornalista sem o mínimo de prática”. A justificativa da entrevistada Helena guarda semelhanças sobre a curva de aprendizado das/os jornalistas. Para ela, a prática ensina porque faz sofrer para superar as adversidades e é assim que se alcança a maestria. Assim deposita créditos na experiência universitária, mas é em um tom incompleto. A completude seria encontrada no mundo do trabalho que se apresenta como hostil, mas que ao menos lhes retribui com algo valioso: a capacidade de ser jornalista com a suposta austeridade de feedbacks realistas para a progressão consistente na carreira.
No entanto, essa inclinação não é recente, isolada e tampouco individual, conforme já apresentaram Ronald Barnett (2000), Neise Deluiz (2001) e Glenn Savage (2017). Portanto, parto do pressuposto de que ela surge da intersecção do mercado de trabalho em contexto neoliberal com o projeto educacional. Este estaria agindo em respostas às exigências de empregabilidade e eficiência daquele que, por sua vez, exige utilidade, agilidade e flexibilidade. Essas três perspectivas de performance colocam em evidência o cunho instrumental das competências. Em certa medida, as entrevistadas são levadas a endossar essa visão de mundo do trabalho ao contraporem conhecimento e habilidade. Desta maneira, elas fazem o movimento de distinguir habilidade de conhecimento, reconhecendo naquele a capacidade de se manter competitiva enquanto este exprime algo que por si não representa poder nas relações de trabalho, como coloca Camila: “Acho que conhecimento é uma coisa que não tem muito valor no currículo. Tipo, eu sei bastante sobre política, sei bastante sobre sociologia, mas não é uma coisa que eu vá colocar no currículo. E habilidade é o que tu sabe fazer: editar vídeos, tirar fotos, ações, né”.
Em geral, na perspectiva das entrevistadas, encontro as seguintes percepções: a) o conhecimento antecede o domínio de uma coisa, seja ela ferramenta ou habilidade; assim, o termo conhecimento assume o ato de conhecer algo, diferenciando-se da prática, que permite o domínio; b) em uma escala de importância empregatícia, o conhecimento não representa valor agregado a ponto de preencher o currículo, pois supostamente não é acionado no desenvolvimento das tarefas; e c) conhecimento e habilidade se auto interseccionam, uma vez que o capital competitivo das/os jornalistas é o conhecimento que possuem sobre os temas abordados mas, sem as habilidades que tange o processo produtivo, conhecer algo não representa entregar o resultado esperado pelo empregador. Assim, novamente o conhecimento assume um posto subalterno na hierarquia de valor das vantagens competitivas.
O retrato dessa compreensão sobre o peso do conhecimento e da habilidade técnica para a formação profissional fornece indícios sobre o que o jornalismo está se tornando e mais precisamente o que está se tornando para a classe-que-vive-do-trabalho. A provocação latente de Deuze e Witschge (2020) significa a constante mutação e transformação do jornalismo para além da cultura que floresce no seio das redações jornalísticas. De fato existe uma inspiração nesse jornalismo por parte das entrevistadas que vivenciaram ou não a experiência na redação. Afinal, o ingresso à graduação não marca o primeiro contato das/os alunas/os com a cultura jornalística, conforme Pereira et al (2014). Mas, em vista das adversidades de classe, gênero e raça neste momento inicial de se colocar no mercado de trabalho, surge a necessidade de responder rapidamente e com eficiência às exigências do empregador para sobreviver no mundo do trabalho dos/as jornalistas.
“Qual carreira no jornalismo quero seguir? A que me dá dinheiro”
O estágio é tanto uma questão de classe quanto oportunidade de experimentar as ramificações da profissão. Teóricas/os da área de jornalismo estão preocupadas/os em estabelecer períodos assertivos para as/os estudantes exercitarem a profissão no mercado de trabalho, mas deixam para segundo plano (quando mencionados) as necessidades de bem-estar social que alunas/os da classe-que-vive-do-trabalho precisam lidar.
Quatro das cinco entrevistadas do estudo dependem parcial ou integralmente do salário para investir no próprio desenvolvimento produtivo e reprodutivo. Por conta dessa necessidade, há um movimento prematuro de buscar por estágios com melhores remunerações e benefícios. Essas oportunidades, por um lado, ocorrem em geral em vagas extramidia, que na maioria das vezes se distanciam do ethos do jornalismo romântico, estudado por Cláudia Lago (2005; 2007). É neste ponto que surgem as duplas jornadas constituídas pela rotina de aula e estágio (1) e outras atividades relacionadas a temas sociais (2). Portanto, as entrevistadas guardam em seus anseios a relação com o jornalismo de redação imaginado, o que conseguem fazer por meio das brechas oportunizadas pelos laboratórios da graduação, oficinas oferecidas pelas empresas de mídia, grupos de pesquisa e participação em projetos como voluntárias. Contudo, chega um momento na jornada profissional que a equação entre recursos investidos para permanecer nessas atividades e o retorno econômico que gostariam (precisam) ter, começa a demonstrar suas fissuras. Assim, elas priorizam formas de tornar a profissão jornalística em algo rentável.
Folker Hanusch et al (2015) apontam que costuma parecer óbvio que as/os estudantes de jornalismo querem trabalhar em redações, no entanto pesquisas realizadas pelo mundo apontam que uma significativa parte não deseja ou é indiferente a este trabalho. Além disso, é preciso considerar que as empresas midiáticas são incapazes de oferecer vagas para todos/as os/as jornalistas. Por isso é preciso imaginar formas de garantir empregabilidade para as pessoas que decidem investir na profissão.
Conforme os semestres passam, as socializações e as experiências profissionais se ampliam, e a entrada na redação começa a soar como uma realidade distante, as entrevistadas começam um processo de desilusão misturado à expectativa de trabalhar em outros setores que parecem garantir um certo nível de autonomia financeira. O impacto é observado na percepção da entrevistada Aurora: “Comecei a ver os meus colegas da faculdade também migrando para essas áreas [marketing]. Eu tinha um colega que trabalhava na Ulbra TV que conseguiu uma oportunidade em uma rádio de Porto Alegre, só que ele mora em Novo Hamburgo, e ao mesmo tempo conseguiu uma vaga em uma agência de Novo Hamburgo. Ele escolheu a agência em vez de ir para a rádio, porque a rádio paga pouco, ele ia ter que ir presencial, pegar trem de Novo Hamburgo até aqui na pandemia, também a rádio não tem muita abertura, tipo “hoje estou mal, não vou”, não. Aí comecei a pensar que não sou só eu, muita gente do mercado está buscando oportunidade em outras áreas. Acho que o que mais bate é o salário, porque o salário de estagiário de jornalismo é muito baixo. Eu ganhava 800 reais e ali [no novo estágio] eu ganho quase 2.000 como estagiária. Então é uma diferença muito grande. Claro que eu dei muita sorte, mas a média de estagiário de agência é mais de 800. E tem todo o lance de possibilidade de efetivar, que no jornalismo é muito mais difícil, principalmente se tu ainda não é formado. E aí eu comecei a pensar um pouco nisso. Eu me desviei da área, mas hoje acho que gosto bastante. Esses dias uma pessoa me perguntou se eu sabia que carreira queria seguir do jornalismo, e eu falei que queria seguir a que me dá dinheiro”.
Aurora trabalhava em uma assessoria de imprensa com ritmo de redação jornalística, logo, a entrada no setor de marketing se apresenta como uma dissociação do jornalismo. Essa perspectiva se mostra interessante, uma vez que existem disputas em torno das/os assessoras/es de imprensa também se reconhecerem dentro ou fora do jornalismo. A perspectiva, no entanto, ganha novos contornos quando é alimentada também pelas escolhas de suas/seus colegas de aula. É neste sentido que um dos potenciais da vivência universitária surge: entender coletivamente o que a profissão está se tornando, fazer benchmark (ação de comparar performances e escolhas com a de outras/os profissionais da área) com as/os colegas, compartilhar experiências. Por meio dessas trocas, Aurora entende sua escolha como motivada pelo bem-estar a curto e médio prazo, uma vez que a bolsa auxílio é maior e as chances de efetivação também. No entanto, ela não passa a enxergar a atuação em marketing e publicidade como permanecer dentro da fronteira do jornalismo.
Mesmo as entrevistadas buscando formas de aperfeiçoar as principais habilidades jornalísticas, o local onde elas as exercem passa a ser tão relevante para a manutenção da autoridade na comunidade jornalística quanto às competências exercidas. Em outras palavras, local de trabalho, cultura organizacional e conjunto de habilidades têm valores assimétricos na identidade profissional. Assim, existem conflitos e disputas constantes de quanto se está fazendo jornalismo. Neste ponto, as entrevistadas concordam em algum grau, uma vez que todas apresentam justificativas para comprovar que estão ou não exercendo o jornalismo em seus estágios que não ocorrem dentro de uma redação jornalística.
Porque pesquisar estágio é importante para os estudos de mundo do trabalho dos jornalistas
Pesquisas dedicadas a entrevistar jornalistas formadas/os costumam dar saltos no tempo que desconsideram as articulações de poder e opressão que ocorrem neste momento inicial do percurso profissional. Deuze e Witschge (2020) apontam que, em parte, esse movimento se dá por teóricas/os acreditarem que é possível explicar o que o jornalismo é apenas pelas vivências presentes dentro das empresas midiáticas. Tal recorte tem como resultado a invisibilidade de atores, espaços e circunstâncias que influenciam no futuro da profissão.
Assim a suposta coerência do jornalismo é falaciosa quando um leque de lugares e posições deixam de ser investigadas na história dos estudos da profissão. Essa constatação exige esforços e observação multilateral das/os pesquisadoras/es dedicadas ao campo para detectarem fluxos de conexão e negociações dentro de vários contextos em que o jornalismo pode emergir.
Dentre os proveitos da abordagem de estudo com estagiárias, está o olhar em como as empresas assumem uma posição de capacitante das competências jornalísticas. Dependendo do produto comercializado pelas instituições, isso resultará em determinado reflexo de como as estudantes enxergam o jornalismo, moldando as habilidades desenvolvidas e suas utilidades. Esses primeiros contatos com o mundo do trabalho impactam nas perspectivas de futuro do que as alunas esperam para si e da profissão. Essas novas percepções influenciam o jornalismo, mesmo quando partem de pessoas extramidia. Ora, como as entrevistadas vislumbram um futuro do trabalho fora das redações jornalísticas, elas passam a elaborar justificativas para tal decisão. Assim os argumentos surgem da intersecção da realidade sobre as condições de trabalho das/os jornalistas com um movimento resiliente para não autofragilizar suas decisões de empregabilidade.
Portanto, elas se tornam mais críticas sobre a função da/o repórter, apontando os elementos de precarização e, em contrapartida, destacam os pontos positivos de atuar extramidia. Contudo, o contraste não é tão polar. Existem vulnerabilidades e fortalezas em ambos os setores. No entanto, para as mulheres, em especial as mulheres negras, pertencentes à classe-que-vive-do-trabalho, as redações jornalísticas oferecem um sistema de identidade, fluxo e divisão do trabalho muito menos atrativo, esses elementos estão bem analisados nos trabalhos de Isabel Rosa (2016), Juliana Souza (2016), Aline Leite (2017), Roseli Figaro (2018), Andreia Louback (2018) e Thales Lelo (2019). Em vista disso, as mudanças mais sensíveis em torno das lógicas de trabalho da redação partem das margens, de quem por vários motivos não acessou, não quis ou não conseguiu penetrar neste ambiente de trabalho tão significativo para os/a jornalistas.
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Évilin Matos Campos é jornalista, mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos, sob orientação de Rafael Grohmann, membro do laboratório de pesquisa Digilabour. Foi a assistente de pesquisa dos projetos Fairwork Brasil, The hidden labour of brazilian women on AI platforms e Click farm platforms in Brazil and Colombia: work conditions and worker organising. Seus interesses de pesquisa envolvem interseccionalidade, economia de plataforma e mundo do trabalho em contexto neoliberal.
Este texto é uma produção derivada da dissertação de mestrado Estagiárias em jornalismo no Rio Grande do Sul: mundo do trabalho, interseccionalidade e neoliberalismo